Soldado é preso suspeito de agredir motorista que não parou ônibus

03/08/2016 09h18


Fonte Cidade Verde

Imagem: Cidade VerdeSoldado é preso suspeito de agredir motorista que não parou ônibus.(Imagem:Cidade Verde)

Um policial militar foi preso em flagrante após agredir um motorista de ônibus na noite desta terça-feira (02). O soldado teria se irritado porque a vítima não teria parado o veículo fora do ponto.

A confusão começou na região Jacinta Andrade, Zona Norte de Teresina. O ônibus é da linha 204 que percorre o Parque Brasil e bairro Vassouras, ambos na mesma região. O soldado queria descer em frente ao 13º BPM, mas o motorista não parou porque o local não é ponto de ônibus.

"Ele queria que eu parasse fora da parada só que ele não pediu para que eu parasse. Se ele tivesse pedido, eu teria parado. Ele se zangou porque eu passei do quartel onde ele queria descer. Então, começou a gritar dentro do ônibus, pegou a faca que ele usa, quebrou o vidro da porta traseira com essa faca, ameaçando a gente de morte",
disse o motorista Waldir Gomes.

O cobrador Leoni Rodrigues reitera que o soldado quebrou o vidro da porta traseira do veículo com golpes de faca e que, em seguida, agrediu fisicamente o motorista. Com medo, os passageiros do ônibus deitaram no chão.

"A gente espera isso de toda pessoa, menos de um policial: quebrar o ônibus e ainda ameaçar a gente, nos chamar de vagabundo e dizer que ia atirar na gente. Não só eu, mas todo mundo ficou assustado com isso. Foi uma situação muito complicada, constrangedora. Quem é para proteger, está agredindo",
disse Leoni Rodrigues.

O militar foi preso em flagrante por colegas de profissão do motorista. Mesmo detido, o soldado Gonçalves chegou à Central de Flagrantes bastante irritado. O Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo (Sintetro) vai acionar a Justiça.

"Certamente, a Corregedoria da PM deve apurar também e responsabilizar o policial por esses atos criminosos contra o motorista, mas que atingiu a todos que estão no ônibus",
disse Wallyson Soares, advogado do Sintetro.

A assessoria de imprensa da Polícia Militar do Piauí informou que o caso será levado a Corregedoria da PM para ser investigado a postura do policial.

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