Suspeito de atirar em policial é preso e admite que receberia R$ 5 mil
08/12/2016 08h23Fonte G1 PI
Imagem: João Cunha/G1Sexto suspeito de matar policial do Bope é preso.
Policiais militares da Companhia do Promorar prenderam na tarde desta quarta-feira (7) o sexto suspeito de executar a tiros o policial do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do Piauí (Bope), na Zona Sul de Teresina. Segundo o comandante Paulo Silas, o foragido admitiu ter sido contratado para matar Claudemir Sousa e que receberia R$ 5 mil pelo serviço.
"Por meio de uma denúncia anônima conseguimos localizar o suspeito, que não reagiu a prisão. Ele relatou ter passado à noite no bairro Dirceu e pela manhã decidiu se esconder na casa de uma tia, no bairro Promorar. Durante a prisão o mesmo confessou participação efetiva na morte do policial, utilizando um revólver calibre 38, enquanto o outro comparsa portava uma pistola", revelou o comandante.
Ainda em depoimento a polícia, o suspeito contou ter saído há dois meses do presídio de Pedrinhas, em São Luís, após cumprir pena por formação de quadrilha e receptação. Ao comandante Paulo Silas, o atirador afirmou não conhecer o mandante do crime, um funcionário da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).
"Ele disse ter recebido o convite do seu comparsa para matar Claudemir, mas não sabia que a vítima era policial. O suspeito também confirmou que a motivação do crime teria sido passional", acrescentou Paulo Silas.
Outras prisões
Na manhã desta quarta-feira (7), outros cinco suspeitos de participar da morte do polical foram presos. Uma mulher que teria avisado os atiradores continua foragida. O crime aconteceu na noite de terça-feira (6), quando Claudemir Sousa, de 32 anos, estava saindo da academia onde treinava.
De acordo com o secretário de segurança, Fábio Abreu, um dos suspeitos usava tornozeleira eletrônica e a partir do monitoramento dele os policiais chegaram aos demais envolvidos no assassinato, inclusive, ao mandante, que é funcionário da Infraero. Também entre os presos está um taxista, apontado como o agenciador dos atiradores. A polícia suspeita de crime passional.
“Temos a figura de um taxista como agenciador daqueles que o executaram. O mandante é funcionário da Infraero e, em função de um problema relacionado a um caso com uma mulher que o policial também se envolveu, houve essa ordem para que essas pessoas o executassem”, disse o secretário.
Velório
Clima de muita comoção e tristeza marcou o velório do cabo Claudemir de Paula Sousa no bairro Saci, Zona Sul de Teresina. A cerimônia foi nesta quarta-feira (7) na capela São Sebastião, da Polícia Militar, no bairro Cristo Rei.
Familiares, amigos e corporações da Polícia Militar estavam presentes para prestar as últimas homenagens para o policial. Claudemir era formado desde 2008 e atuava na polícia desde 2009.
Uma missa será realizada às 16h e em seguida acontece o enterro no cemitério Jardim da Ressurreição, Zona Leste de Teresina.
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