Suspeitos que mataram PM queriam fazer arrastão na casa, diz delegado
10/02/2015 08h36Fonte G1 PI
Imagem: Catarina Costa / G1Para delegado, vestígios deixados por policial ajudaram a identificar suspeitos.
O delegado Francisco Baretta, titular da Delegacia de Homicídios, revelou nesta segunda-feira (9) detalhes sobre a morte do policial militar Francisco das Chagas Nunes, 43 anos, que fazia a segurança do filho do governador Wellington Dias. Para o delegado, a vítima foi profissional até na hora da morte ao deixar vestígios que ajudaram na identificação dos suspeitos. Baretta afirmou ainda que o grupo tinha a intenção de entrar na casa onde as vítimas estavam e fazer um arrastão.
"A importância do levantamento feito no local do crime e do policial ter baleado um dos suspeitos foram fundamentais para a resolução do caso. A posição que o policial caiu nos ajudou a colher muitas informações e identificar a assinatura dos criminosos. O PM agiu corretamente, agora ele foi supreendido por trás e não conseguiu se defender", revelou.
Para Baretta, os assaltantes planejavam fazer um arrastão na casa onde acontecia um encontro religioso e não sabiam que o filho do governador estava no local. Somente o motorista e o segurança estavam fora da casa no momento do incidente.
"As pessoas já estavam dentro de casa quando aconteceu tudo e o motorista guardava alguns pertences no carro do lado de fora, acompanhado do segurança. O objetivo dos criminosos não era só dominar o motorista, mas entrar na casa para fazer um arrastão", disse.
Imagem: Reprodução/FacebookClique para ampliarFrancisco da Chagas era segurança de Wellington há 10 anos.
De acordo com o delegado, na noite do crime, dois dos quatro suspeitos se dirigiram a pé até a casa e a vítima percebeu a aproximação deles e por isso se escondeu para abordá-los de surpresa. "O policial esperou criminosos anunciaram o assalto para reagir, tanto que conseguiu enquadrar um deles e atingiu o seu braço para desarmá-lo. O outro criminoso veio por trás do carro e efetuou dois disparos, sendo que somente um acertou a vítima, na região da cabeça", contou.
Durante o depoimento, Barreta contou que o menor suspeito de atirar no policial alegou ter agido em legítima defesa, caso o contrário o policial mataria todo o grupo. "Há contradição nisso, pois a vítima atirou no braço de um para desarmá-lo, se quisesse matar, atirava na cabeça. Os criminosos estavam ali para fazer qualquer um de vítima, inclusive no dia anterior eles teriam cometido diversos assaltos na região. Dois deles eram ex-internos do CEM, porque já tinham passagem por furtos e roubos", contou.
Dos quatro suspeitos, apenas um é maior de idade. Eles foram encaminhados para a Delegacia do Menor Infrator, mas a arma utilizada no crime não foi encontrada e por isso a polícia continua em diligência.
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