Travesti baleada no Corso sai do coma, mas não responde a estÃmulos
09/03/2016 10h11Fonte G1 PI
Imagem: Reprodução/TV ClubePâmella Leão foi atingida com um tiro na cabeça durante o Corso de Teresina.
A travesti Rony Pablo Sousa da Silva, mais conhecida como Pâmella Leão, atingida com um tiro na cabeça durante o Corso de Teresina, saiu do coma após 35 dias internada na Unidade de Tratamento Intensino (UTI) do Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Segundo a direção da unidade de saúde, a paciente foi transferida no fim de semana para uma ala da clínica médica, mas ainda não responde a estímulos.
"O quadro dela é estável, mas a paciente não fala ou move nenhum membro. Mesmo com o olhar fixo, Pâmella chega a se emocionar e sair lágrimas dos olhos ao ouvir a voz dos familiares. Não há previsão de alta, ela continuará sedada e a sua recuperação será lenta, podendo apresentar sequelas", informou o diretor do hospital, Gilberto Albuquerque.
Imagem: Catarina Costa / G1Clique para ampliarDiretor do HUT falou sobre o estado de saúde de paciente.
O diretor do HUT contou que na semana passada Pâmella passou por uma nova cirurgia por conta de um abscesso cerebral e pela perda de tecido. "Não há previsão de outra intervenção até que o quadro de saúde melhore", disse.
O delegado Ademar Canabrava, titular do 12º Distrito Policial, disse que aguarda uma melhora da vítima para realizar a acareação com os suspeitos. Segundo ele, Pâmella é a peça chave na elucidação do caso.
"Vamos promover uma acareação do grupo de amigas e o tenente, suspeito de ser o dono da arma que a atingiu. Isso só deve acontecer depois que a travesti reconhecer o grupo que estava com ela", comentou.
Entenda o caso
Rony Pablo Sousa da Silva, de 17 anos, foi internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital no dia 30 de fevereiro, depois de ter sido baleado durante o Corso de Teresina. Uma amiga de Pâmella contou em depoimento no 12º Distrito Policial que a vítima foi atngida quando o grupo dançava a coreografia da música Paredão Metralhadora.
Imagem: Catarina Costa/G1 PIDelegado Ademar Canabrava explicou sobre investigação.
Durante as investigações, a polícia ainda tomou conhecimento sobre a suspeita de um sub-tenente da PM ser o dono da arma que atingiu a travesti, mas segundo o delegado Canabrava, ainda não há nada confirmado.
"Nós ainda não podemos dizer qual o envolvimento do militar no caso. O que há é a suspeita de que a arma seja dele, porque o PM registrou boletim de ocorrência informado do roubo de um revólver ponto 40 e também por ter trabalhado durante o Corso. Estamos investigando e cruzando os casos", contou.
Durante o inquérito policial, duas testemunhas oculares que poderiam contribuir para as investigações chegaram a depor, mas uma delas não reconheceu o sub-tenente suspeito de ser o dono da arma do crime.
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